A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) coordena projeto pioneiro, financiado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED), convênio UFRPE/MPA 952122/2023. O objetivo é aprimorar o monitoramento da pesca artesanal nos estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco, uma atividade crucial para a segurança alimentar e a subsistência de milhares de famílias na região. Intitulado "Estimativas de Captura e Esforço para Pescarias Artesanais Marinhas e Estuarinas"; o projeto é coordenado pelo professor Humber Agrelli Andrade, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e conta com a colaboração dos professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER).
O professor Humber Agrelli Andrade tem experiência no desenvolvimento de programas de coleta de dados, modelagem estatística e análises para tomadas de decisão, em questões que envolvem recursos aquáticos. A geração de dados sobre produção, economia e sustentabilidade dos recursos explorados, visa superar lacuna histórica de informação sobre a atividade pesqueira no Brasil.
O projeto representa uma oportunidade única de estabelecer uma base científica para dar suporte a decisões estratégicas para a gestão pesqueira sustentável. A ausência de monitoramento contínuo torna as pescarias, especialmente as de pequena escala, praticamente invisíveis, apesar de sua relevância econômica e social. A carência de dados estatísticos no Brasil, compromete a capacidade de planejamento e implementação de políticas públicas efetivas.
O projeto busca enfrentar esses desafios estruturais por meio do desenvolvimento de estimativas confiáveis de captura e esforço pesqueiro, com base em métodos estatísticos e em ferramentas tecnológicas como aplicativos de coleta de dados. Além disso, promove a capacitação de integrantes das comunidades pesqueiras para que atuem como coletores de dados.
O professor Humber Agrelli Andrade, enfatizou a urgência dessa iniciativa. "A ausência de informações precisas tem sido um dos maiores entraves à gestão sustentável das pescarias no Brasil. Este projeto integra ciência, tecnologia e inclusão social para enfrentar esse problema histórico";, destacou.
Previsto para ser concluído em 2026, o projeto tem potencial para transformar a gestão das pescarias no Brasil, contribuindo para a conservação dos estoques, o fortalecimento das comunidades pesqueiras e a formulação de políticas públicas que conciliem desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.